sexta-feira, 31 de maio de 2013

Intertextualidade





Pode-se definir a intertextualidade como sendo a criação de um texto a partir de um outro texto já existente. Dependendo da situação, a intertextualidade tem funções diferentes que dependem muito dos textos/contextos em que ela é inserida.

Evidentemente, o fenômeno da intertextualidade está ligado ao "conhecimento do mundo", que deve ser compartilhado, ou seja, comum ao produtor e ao receptor de textos. O diálogo pode ocorrer ou não em diversas áreas do conhecimento, não se restringindo única e exclusivamente a textos literários.



Intertextualidade Implícita



Paródia

Às vezes, a superposição de um texto sobre outro pode provocar certa atualização ou modernização do primeiro texto. Nota-se isso no livro Mensagem, de Fernando Pessoa, que retoma, por exemplo, com seu poema “O Monstrengo” o episódio do Gigante Adamastor de Os Lusíadas de Camões. Ocorre como que um diálogo entre os dois textos. Em alguns casos, aproxima-se da paródia (canto paralelo), como o poema “Madrigal Melancólico” de Manuel Bandeira, do livro Ritmo Dissoluto, que seguramente serviu de inspiração e assim se refletiu no seguinte poema:



Paródia
Assim como Bandeira

O que amo em ti
não são esses olhos doces
delicados
nem esse riso de anjo adolescente.

O que amo em ti
não é só essa pele acetinada
sempre pronta para a carícia renovada
nem esse seio róseo e atrevido
a desenhar-se sob o tecido.

O que amo em ti
não é essa pressa louca
de viver cada vão momento
nem a falta de memória para a dor.

O que amo em ti
não é apenas essa voz leve
que me envolve e me consome
nem o que deseja todo homem
flor definida e definitiva
a abrir-se como boca ou ferida
nem mesmo essa juventude assim perdida.

O que amo em ti
enigmática e solidária:
É a Vida!
(Geraldo ChaconMeu Caderno de Poesia, Flâmula, 2004, p. 37)

Madrigal melancólico

O que eu adoro em ti
não é a tua beleza.
A beleza, é em nós que ela existe.
A beleza é um conceito.
E a beleza é triste.
Não é triste em si,
mas pelo que há nela de fragilidade e de incerteza.

(...)

O que eu adoro em tua natureza,
não é o profundo instinto maternal
em teu flanco aberto como uma ferida.
nem a tua pureza. Nem a tua impureza.
O que eu adoro em ti – lastima-me e consola-me!
O que eu adoro em ti, é a vida. (Manuel BandeiraEstrela da Vida Inteira, José Olympio, 1980, p. 83)
A relação intertextual é estabelecida, por exemplo, no texto de Oswald de Andrade, escrito no século XX, "Meus oito anos", quando este cita o poema , do século XIX, de Casimiro de Abreu, de mesmo nome.
Meus oito anos
Oh! Que saudade que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais
Que amor, que sonhos, que flores
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras
Debaixo dos laranjais!
(Casimiro de Abreu)
"Meus oito anos"
Oh! Que saudade que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais
Naquele quintal de terra
Da Rua São Antônio
Debaixo das petequeiras
Sem nenhum laranjais
(Oswald de Andrade)


Paráfrase


Uma paráfrase é uma reafirmação das ideias de um texto ou uma passagem usando outras palavras. O ato de paráfrase é também chamado de parafrasear.

Exemplo:


Shrek é um filme norte-americano de 2001, onde o Ogro è personagem principal de cor verde, vem de uma terra Tão Tão Distante, de campos floridos, lembrando a natureza.
A animação, relata a paráfrase que não perde sua essência, o chuchu é verde, as roupas  são parecidas com as do Shrek, e faz uma afirmação da ideia do ogro, quem ver essa animação, relembrará do filme Shrek.





INTERTEXTUALIDADE






Bibliografias

VideoAula - Português - Intertextualidade - Parte I -

http://www.youtube.com/watch?v=QKU26c5IJ38

http://eatrio.net/2012/03/hortifruti-great-store-brilliant-adverts.html

http://www.slideshare.net/Conselio/intertextualidade-4687842


http://foconalingua.blogspot.com.br/2011/06/os-simpsons-o-desenho-dos-simpsons.html
 














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